A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) já exporta suas placas de aço para mais de 23 países, aumentando consideravelmente as movimentações de produtos do Porto do Pecém, do Ceará, do Nordeste e do Brasil, o que a coloca entre as maiores empresas exportadoras do País. Os desafios da siderúrgica se renovam, com a permanente busca por competitividade e melhorias na produtividade, logística e segurança. A CSP está preparada para superar os desafios também por contar com a parceria do Governo do Estado do Ceará, da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE) e do Complexo do Pecém, que administra o Porto do Pecém. A CSP está transformando o Ceará em um produtor e exportador de aço de alta qualidade.
Veja abaixo os processos para a produção do aço:
Pátio de Matérias-Primas
- O pátio de matérias-primas é a área da usina siderúrgica destinada ao recebimento, beneficiamento granulométrico, estocagem e homogeneização das matérias-primas e insumos utilizados na produção de aço. As principais matérias-primas são carvão mineral, minério de ferro e calcário. Geralmente em áreas abertas, os insumos são dispostos em pilhas e são transportados até as unidades de produção.
Coqueria
- A coqueria é a área responsável pela produção do coque, que é o produto da destilação e aglomeração do carvão mineral. Esta unidade de processo tem como principal característica o aquecimento indireto do carvão mineral dentro de fornos fechados (células) para remoção da matéria volátil nele contida. O coque é o insumo redutor do minério de ferro carregado no alto-forno. O gás gerado na coqueria é utilizado nos demais processos siderúrgicos e na termelétrica como fonte de calor.
Sinterização
- A sinterização é a unidade destinada à aglomeração de finos de minério de ferro para carregamento no alto-forno. Neste processo, os finos de minério são misturados com finos de carvão e de calcários e carregados na esteira de sinterização. A mistura sofre ignição e o calor da combustão do carvão funde parcialmente os finos de minério, criando um aglomerado que ao fim do processo é britado e peneirado, obtendo-se assim o sínter na qualidade requerida para carregamento no alto-forno.
Alto-Forno
- O alto-forno é a unidade destinada à produção de ferro-gusa líquido, o qual será transformado em aço líquido na etapa seguinte do processo (Aciaria). Na produção de ferro-gusa, o minério de ferro (na forma de sínter e pelotas) é carregado pelo topo do alto-forno junto com o coque e os fundentes (calcários e outros).
Aciaria
- Na aciaria, o ferro-gusa líquido recebido do alto-forno é dirigido a estações de pré-tratamento, que promovem sua dessulfuração, e carregado posteriormente em conversores de oxigênio (BOF), onde é refinado e transformado em aço líquido. Em seguida, o aço líquido é tratado em equipamentos de metalurgia secundária, processo complementar que promove o ajuste final de sua temperatura, composição química e características físicas, permitindo a fabricação de aços de elevado grau de pureza e qualidade.
Lingotamento Contínuo
- O lingotamento contínuo, etapa final da produção de placas de alta qualidade, é a unidade responsável pela transformação do aço líquido em produtos semiacabados sólidos (placas) nas dimensões especificadas. Este processo consiste na solidificação progressiva do aço líquido ao atravessar moldes refrigerados e câmaras de spray de água. O lingotamento contínuo é baseado no vazamento vertical do aço líquido dentro de um molde de cobre refrigerado à água, aberto no topo e na base. O calor é retirado do aço durante a passagem deste material pelo molde, formando-se assim uma pele sólida externa ao veio de aço com resistência suficiente para conter o aço líquido. Após a saída do molde, o material passa a sofrer pressão do peso da coluna vertical de aço, um conjunto de suportes define a espessura e largura da placa. Por fim, há o corte da placa conforme especificação do comprimento do produto final.